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João Timbalão Seg, 3 de Abril de 2006 10:02

PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
Tal como quando se compra uma aparelhagem e a última coisa em que se pensa são as colunas de som, há bateristas que investem a sua apreciação e dinheiro nos tambores e em hardware em deterimento dos pratos para perceberem mais tarde que adaptaram o som dos tambores e a disposição da bateria ao seu gosto mas não se adaptaram ao som dos pratos.

Entre três ou quatro tarolas iguais podemos básicamente escolher qualquer uma e posteriormente ajustar o som conforme a afinação, as peles, os aros e o snare enquanto que cada prato da mesma marca, série, modelo e tamanho é um instrumento único, definido e personalizado sendo a escolha por comparação a forma ideal de proceder ao adquirir um novo e a encomenda e compra de pratos novos por catálogo de correio ou de internet é absolutamente desaconselhada.

A última vez que escolhi um prato foi um crash, demorei mais de duas horas a decidir-me mas no fim escolhi o melhor para mim entre 10 ou mais e acabei por ir para um modelo e tamanho diferentes daqueles que imaginara.

Podemos começar dentro da marca, modelo e tamanho que achamos ser o que procuramos mas a busca deve ser por um prato específico que nos agrada mais que os outros ou que melhor se enquadra no nosso setup. E não necessitamos de saír da primeira nem da segunda loja com as escolhas e as compras feitas. Quanto maior for a variedade mais difícil será a escolha mas com tempo e calma esta será mais bem sucedida.

O ideal é levarmos para a loja o nosso set de pratos ou algum que tenhamos como referência e os suportes que usamos, escolher aí os que nos parecem os melhores ou mais interessantes e poder depois levá-los connosco para fazer a apreciação e escolha finais na nossa bateria, seja em gig ou na nossa sala de ensaios.

O nosso set ajuda-nos a procurar um prato que se enquadre não soando demasiado como qualquer outro que já tenhamos ou o oposto se for esse o caso. Confiar na nossa memória auditiva é um erro. Temos que ouvir todas as provas ao mesmo tempo. Também os suportes são relevantes na sonoridade dum prato, sejam eles simples ou de choque. Com os nossos corremos menos riscos de avaliar mal as sonoridades que vamos realmente adquirir.

Como procedimento base podemos colocar os suportes num semi círculo à nossa frente e à mesma altura a que os temos na nossa bateria. Colocar nos suportes um ou dois modelos de referência e também um ou dois dos que vamos avaliar. Tocá-los como tocamos livremente, com as nossas baquetas, vassouras e bilros de todas as maneiras e feitios, volumes e velocidades, sons e efeitos. Trocá-los de suporte durante o teste também é importante pois o ponto x da sala pode ter um som ligeiramente diferente do ponto y. Ir eliminando por comparação.

Para julgar correctamente o som dum prato temos que nos afastar ligeiramente. Todos os detalhes do som como volume, definição, timbre, sustain e resposta, podem ser melhor apreciados assim. A ajuda dum outro baterista ou músico pode ser importante. Não tanto para ser ele a tocá-lo. Qualquer um pode bater num prato, tocá-lo é mais difícil e ainda mais como nós próprios mas um músico tem sempre uma opinião tímbrica e enquadrada sobre o som dum instrumento ainda que não seja o seu.

Em caso de não haver ninguém a assistir, tapar o ouvido do lado que está mais próximo do prato. É um truque que funciona e ajuda quer na escolha de pratos quer na afinação de baterias ou na identificação de colunas fora de fase. Os nossos ouvidos apenas funcionam bem num período curto de tempo. Fazer pausas regulares ou não escolher muitos pratos de seguida nem um set up inteiro num só dia.

Ter em conta que preço, marca e modelo do prato são menos importantes do que o seu som. Muitos profissionais têm um ou outro modelo “inferior” no seu set ou várias marcas e modelos diferentes por razões que são seguramente preciosas para eles. Usem os ouvidos e não os olhos.

Escolher pratos é compará-los. É um processo de eliminação gradual por comparação, tornando as hipóteses cada vez mais restritas até chegar ao último prato: o nosso.

O que queremos ouvir e sentir é o que vai definir a escolha. Sentir tem a ver com o peso e estrutura do prato. Alguns são francamente mais espessos e pesados que outros e sentir se o prato é muito duro ou muito macio para o que pretendemos ou para a maneira como tocamos é importante para uma boa execução e aproveitamento. Ouvir o que o prato tem ou, para os mais experientes, o que ele não tem é o passo fulcral.

A maioria dos pratos tem um vasto conjunto de harmónicos e é a soma destes dentro das frequências graves, médias e agudas que forma a característica sonora do prato. A decisão final de tocar e ouvir um prato mais ou menos agudo ou mais ou menos seco é uma questão de gosto e escolha pessoal.


Cada tipo de prato tem características próprias e diferentes dos outros e pormenores específicos a ter em conta aquando da escolha embora a maioria dos procedimentos de teste descritos para cada um sirvam para os outros tipos.


Rides: Para escolher um ride, as nossas baquetas habituais são imprescindíveis porque, principalmente com a ponta, definem a sonoridade que tiramos do prato. Os rides têm uma nota mais predominante que os outros pratos. Têm que funcionar dentro de parâmetros abrangentes, tanto no arco como na cúpula, ajustando-se a qualquer tom ou acorde da música.

Isto significa que uma grande escala de harmónicos controlados é necessária. Um bom ride tem um bom equilíbrio de ping e de arrasto e de volume e timbre entre a zona de arco e a cúpula. O equilíbrio entre o ping e o arrasto pode variar por questões musicais ou de gosto pessoal.

Para julgar a definição do ping versus o arrasto, crashar o ride e imediatamente proseguir com um pattern de ride. Se o ping for imediatamente identificável é um bom princípio. Não esquecer do pormenor do afastamento ou tapar o ouvido mais próximo da fonte sonora. Outro bom teste é começar um pattern de ride muito suavemente e ir gradualmente aumentando a intensidade até atingir o volume máximo de harmónicos no arrasto. Se ainda se ouvir o ping é um bom princípio. Nos pratos mais pesados e duros pode até nem haver arrasto mas aí podemos optar por um cinzeiro de metal que fará o mesmo papel e será certamente mais barato.


Pratos de Choque: Isto pode ser mais complicado de escolher pois envolve um par de pratos e um par de timbres de cada vez.

Usar ou o mesmo suporte ou, idealmente, vários suportes mas de modelo igual. Uma loja de Lisboa tinha vários modelos de pratos de choque expostos em vários suportes diferentes. Demorou pouco para o dono, eu e pouca gente mais se aperceber que os pares que estivessem montados num determinado e específico suporte eram sempre os escolhidos.

Habitualmente, o prato de baixo é mais pesado e com pitch mais alto que o de cima. O pitch final é a soma dos dois. Um intervalo maior ajuda na presença do som. A resposta e sustain dependem um pouco mais do prato superior.

Fazer splashes com o pé, tocar tanto com as baquetas como com o pedal, tocar patterns de baquetas abrindo e fechando frequentemente os pratos, tocar com eles abertos, semi abertos, fechados e soltos para perceber o pitch, projecção, resposta, choque e volume. Experimentar trocar tanto o de cima como o de baixo e não só ambos.


Crashes e splashes: Tal como os rides têm um pitch mais predominante mas têm muito mais harmónicos. Os harmónicos graves dão corpo ao som e ajudam no sustain, os agudos são responsáveis pela projecção.

Tocar a vários volumes e com intensidade crescente, começando em muito suave, para perceber a partir de quando é que o prato começa a reagir e a soar como um crash ou splash. Para verificar se a resposta do crash é suficientemente rápida e não exagerada, dar uma série seguida e rápida de crashadas fortes. Se cada ataque for perceptível é porque a resposta é rápida e o sustain não é exagerado.

Ter em conta que os harmónicos agudos respondem mais rápidamente e podem “abafar” a percepção dos graves. Tapar um ouvido ou afastar da fonte ajuda a analisar melhor o som. Para fazer sobresaír os harmónicos todos fazer um roll crescente de bilros no meio do arco. O roll feito perto do bordo exterior faz sobresaír os harmónicos graves e os agudos sobresaem com o roll mais perto da cúpula. Um equilíbrio é o que procuramos para não haver uma frequência de harmónicos exagerada em relação à outras, tornando o prato menos versátil.

Ao colocar o ouvido perto do círculo exterior, percebem-se as frequências mais graves, que são as que soam durante mais tempo. Podem-se isolar estas frequências soprando na aresta do prato ou tocando-o com um bilro ou com os nós dos dedos perto do bordo, procurando assim ouvir se há flutuação de graves que vai ser captada e amplificada em gravação de estúdio. Levar o ouvido bem perto do prato a ouvir em vários pontos o equilíbrio de frequências e sustain dos harmónicos.

Também ter em conta que as diferenças ouvidas na loja são inferiores ás que ouvimos em estúdio mas superiores ás que ouvimos em palco e que através dum P.A. os pratos tendem a soar todos iguais. Se quiserem sentir e dar a ouvir nuances bem diferentes podem escolher sons bem contrastantes entre os diferentes crashes e splashes.


Os pratos de efeitos tipo Chinas são mais complexos em termos de forma e de som. A escolha é de novo, e mais ainda, totalmente pessoal, variando entre o sustain interminável ou incontrolável e o som seco de quase mero ataque, da rudeza da tampa dum bidon a um leque de suaves e crescentes harmónicos orientais. Como sempre, experimentar o prato de todas as maneiras e feitios, de ambos os lados, em toda a sua superfície e com todas as técnicas e intensidades que se usa a tocar normalmente.

João Timbalão Seg, 3 de Abril de 2006 10:03

PRATOS - Escolha e teste (cont.)
 
Mesmo depois de reconhecido e escolhido, pode levar algum tempo a usufruir e gozar totalmente o prato, a aprender a tirar o melhor partido das suas características e a moldar a nossa acção física e musical à melhor resposta sonora e estilística do instrumento.

Pappa Joe Jones tinha um prato seu que já tinha oferecido 5 vezes a 5 bateristas diferentes dizendo a cada um: "Vou-te deixar ficar com ele por um mês. Aprendes a tocá-lo - é teu."...

Quanto a compras de segunda mão em que o processo de eliminação não é aplicável mas sim um reconhecimento mais ou menos imediato de características sonoras que nos agradam no prato, uma vez mais desaconselhando fortemente a compra por catálogo ou mera referência de marca, modelo e tamanho, deve-se ter em conta uma apreciação muito mais pormenorizada do aspecto do prato. Procurar marcas e falhas no bordo do prato que podem levar a abrir rachas.

Procurar rachas quase imperceptíveis no buraco do centro, na aresta exterior, na base da cúpula e em toda a superfície em geral. Tocar o prato suave e repetidamente com um bilro pode fazer sobresaír as vibrações típicas das rachas que não se conseguem ver. É preciso levar o ouvido bem perto do prato para uma melhor apreciação.

Pratos rachados são de evitar. Mesmo que a característica sonora seja interessante, não vai ficar por aí e rápidamente passará de interessante a desagradável e finalmente a inaudível.

Manter o procedimento de relação com o resto do set de pratos que se tem ao escolher pratos novos na loja.
Há situações na minha vida profissional em que não preciso ou não posso levar bateria nem pedais nem mesmo uma tarola, seja para um ensaio, para um concerto ou para uma gravação mas as minhas baquetas e os meus pratos são coisas das quais eu não me separo nem prescindo seja em que ocasião fôr.

Ecolher pratos é uma “ciência” das mais inexactas e pessoais que há mas as ideias acima expostas e que compilei a partir do livro The Cymbal Book de Hugo Pinksterboer e de experiência pessoal apenas tentam ser uma ajuda para futuras incursões a lojas de baterias à procura do metal mais precioso que há para os bateristas: o bronze musical.n

Gibraltar Seg, 3 de Abril de 2006 19:54

Boa leitura,

começamos bem Timbalão :icon_cool:

Kamaronne Qui, 6 de Abril de 2006 18:23

Muito bom post João. :cheer3:

Brasas Sex, 7 de Abril de 2006 15:25

muito bom topico...parabens

Brasas Sex, 7 de Abril de 2006 15:26

Parabens
 
muito bom topico...parabens

ShallNotFall Seg, 24 de Abril de 2006 20:26

bom post, é verdade, mas escaparam alguns pormenores que acho importantes tb...como a importancia da ligas e dos metais utilizados nas mesmas...porque realmente podemos ouvir,podemos ajustar,podemos fazer uma série d coisas aos pratos, mas não podemos modificar a sua genese...é importante informamo-nos sobre as varias ligas disponíveis, as suas caracteristicas, o tipo de sonoridade de cada uma delas...para determinarmos se esse prato vai servir determinado estilo que tocamos mais, se o vamos usar mais ao vivo ou mais em estudio, se somos agressivos ao ponto de partir pratos de ligas mais finas, (ou de estrias radiais...quem gosta de "esgaçar" não os compre senão vai ter prejuizo em pouco tempo...)e necessitamos de ligas mais grossas...enfim, são realmente muitos os factores a ter em conta. eu não tou a criticar atenção, achei 1 excelente post...só quis adicionar mais estes factores, que acho que também vão ajudar...e claro,corrijam-me se estiver errado.;)

João Timbalão Seg, 24 de Abril de 2006 22:32

Como penso que a maior parte do pessoal que frequenta o bateristaspt sabe, este post é o segundo duma série que eu estava a dedicar aos pratos. O primeiro era pelo menos tão extenso como este e tratava exactamente das ligas, dos diversos métodos de fabrico e questões históricas. Infelizmente e estúpidamente não fiz um back up e o artigo teve o mesmo fim que o anterior site- desapareceu. (Se alguém mais iluminado que eu o tivesse copiado ficava muito grato pois vai dar muito trabalho reescrevê-lo)

Não acho importante saber da composição do bronze para escolher um prato. É uma questão de gostar ou não do que se ouve e se serve para a forma como tocamos e para o que tocamos.
O senso comum dita que um prato mais fino, leve e suave é mais frágil que um mais espesso, pesado e duro. Pessoalmente tenho que me sujeitar a ocasionalmente partir um ou outro crash, china ou splash pois para o que quer que toque só gosto destes pratos maleáveis e finos.

Por isso é que escrevi primeiro sobre a história, ligas e processos de fabrico e em separado sobre o que para mim são os reais pormenores a ter em conta quando vamos comprar um prato.

ShallNotFall Seg, 24 de Abril de 2006 23:14

ah pronto, peço desculpa, erro meu, não sabia que já tinhas falado sobre isso...:icon_confused: pronto,agora que fiz figura de parvo,lol, volto a dizer que os teus posts são realmente uteis, há muita coisa que nos pode escapar na compra de 1 prato ou de 1 set de pratos, portanto é sempre bom saber o que fazer quando xegamos á loja e nos impingem marcas...eu não devia falar de marcas,porque isso é tremendamente relativo, e admito perfeitamente que se 1 prato é bom não é necessariamente pela marca...mas peço especial atenção a uma marca que tem boa relação preço/qualidade, a Istambul...boa opção pra newbies e pros.:))

tiago marinho Ter, 7 de Novembro de 2006 01:01

Realmente o teu post,Joao,foi mt bom tem muita informaçao.De certo que tens as melhores inteçoes ao tentar ajudar mas,o que é certo é que sao raras as lojas que têm dezenas de pratos à disposiçao(marcas,tamanhos,modelos) e entao,o que temos que fazer?encomendar.n nos deixam encomendar 20 pratos de choque e mais 40 crashs diferentes para depois so comprarmos 1 de cada.por ex no caso da sabian, que tem uma oferta tao grande,que chegamos a desesperar no "check sound" pq ouvem-se todos e nao se chega a lado nenhum.acho que o facto da haver mt poucas lojas direccionadas para um so campo,no nosso caso,a percussao/bateria é uma das principais razoes.nem toda a gente tem a sorte de ter a batucada(?!) em lisboa ou outras que existam por aí ,so de bateria e à porta de casa.em todo o caso,se chegar a ir ao musicstore(n é so de bateria mas é enorme.lol) vou ter em conta todos os pontos do teu post. obrigado. fica bem.

Miguel Martinho Seg, 23 de Junho de 2008 23:03

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Mais um tópico muito útil desenterrado e agora fica fixo.
Leiam que vale a pena. Aprende-se muito.

JP_ Seg, 23 de Junho de 2008 23:22

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Este Timbalão!!! :cheer3:

TRex Seg, 23 de Junho de 2008 23:29

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Este Tinbalão, é uma verdadeira enciclopédia, consegue tópicos cheios de informação e sapiência...:cheer2:
Cumps

andrep Ter, 24 de Junho de 2008 10:39

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Bem...É só informação da boa...Só há um problema que é a quantidade de texto, mas vale a pena ler...

Miguel Martinho Ter, 24 de Junho de 2008 10:45

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Citação:

Mensagem Original de andrep (Mensagem 67985)
Bem...É só informação da boa...Só há um problema que é a quantidade de texto, mas vale a pena ler...

Vão lendo aos poucos ou imprimem a página e vão lendo ao longo do dia.

É impossível uma informação deste género ser dada em 3 ou 4 linhas.
Há muitas variáveis e o João tentou abordar as essenciais para o pessoal se conseguir orientar sem problemas quando vai comprar um prato.

Nevermore Ter, 24 de Junho de 2008 12:01

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Timbalão: o homem dos post fundamentais...

:cheer2::cheer2::cheer2:

tiagop Qua, 25 de Junho de 2008 13:41

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Pois, a mim, nao custou nada a ler. Acabei por dar pelo tamanho do texto depois de o ler. So posso dizer umas coisa: :cheer3:.

E, mais uma vez, se confirma o que muitas vezes de fala: nao ha limites para o nosso gosto. Nao nos podemos ficar pelos "Stagg sao uma porcaria" e os "Sabian eh que sao bons". Quantos aqui ja ouviram todos os Stagg ou todos os Sabian? Fechar os olhos e ouvir... "As simple as that"... E o que eu posso achar um som ideal, pode ser o oposto do aplicavel a outros. Gostos sao gostos e o importante eh trienar o ouvido para distinguir todos estes sons e melhor decidir!

Nao eh que encontrei um "casamento" inesperado ha 2 dias? Um 16" Zildjian Avedis Medium Thin crash com um 18" Paiste Full crash? Tinha estes pratos ha montes de tempo e ainda nao os tinha junto, quem sabe, pelo preconceito de misturar marcas ou porque os titulos nao pareciam condizer. Quem diria? Se calhar, alguns de voces ate vao gozar, mas eu gosto e soa-me muito bem.

Cheers

Tiago

Madeira Qua, 25 de Junho de 2008 14:04

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Citação:

Mensagem Original de tiagop (Mensagem 68261)
ainda nao os tinha junto, quem sabe, pelo preconceito de misturar marcas ou porque os titulos nao pareciam condizer. Quem diria? Se calhar, alguns de voces ate vao gozar, mas eu gosto e soa-me muito bem.

Plenamente de acordo! Utilizar marcas diferentes no mesmo conjunto de pratos não é mesmo nada do outro mundo! (eu até diria que, usar tudo da mesma marca sem ter uma razão real para tal é que seria alvo de 'chacota' fundamentada! ;) )

pgv2007 Qui, 26 de Junho de 2008 23:57

Re: PRATOS – Dicas a uma correcta Escolha e Teste
 
Acho muito bem que tenhas sugerido estas dicas. Acho que os pratos são indispensáveis a um baterista por isso é sempre importante escolhermos bons pratos.

Obrigado pelo post ;)

Cumprimentos :cheer2:

Over_drummer Qua, 6 de Agosto de 2008 01:00

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
A única coisa que tenho pena é o Timbalão ter desaparecido... Ele no forum antigo era uma fonte de inspiração para mim, quem me dera na altura ter a maturidade para entender 1/10 do que ele escreveu... Volta!

David Calhau Qua, 6 de Agosto de 2008 15:27

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
Citação:

Mensagem Original de Over_drummer (Mensagem 75294)
A única coisa que tenho pena é o Timbalão ter desaparecido... Ele no forum antigo era uma fonte de inspiração para mim, quem me dera na altura ter a maturidade para entender 1/10 do que ele escreveu... Volta!

Também reparei ! O nome dele sempre associei a bons tópicos, mas ele quando se vai a ver nao tem quase participacoes ! E eu estou ca a tao pouco tempo que dele so conheco algumas... :icon_cry:

VOLTA !:icon_cool:

Jorge Cardoso Seg, 6 de Outubro de 2008 17:50

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
Ora aí está! Um magnífico post que me vai ajudar, na recuperação do meu crash rachado ou na compra de outro!

joaomfc Seg, 29 de Dezembro de 2008 12:52

Re: PRATOS – Escolha e teste
 
Citação:

Mensagem Original de Nevermore (Mensagem 68007)
Timbalão: o homem dos post fundamentais...

:cheer2::cheer2::cheer2:

Nem mais.. Grande Timbalão ( tambem so podia ter o meu nome ) xD

Abraços

SilverDrummer Sex, 9 de Janeiro de 2009 04:05

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
Muito bem! Muito bom tópico.

Cumps

mfzb_andre_16 Ter, 13 de Janeiro de 2009 19:41

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
Boas !
Os meus pratos sao Alchemy ( instanbul ) ! De momento nao tive razao de queixa deles mas sem duvida que os que mais gosto e que quando tiver possibilidades financeiras eide comprar zildjian =)

PFarinha Qui, 2 de Julho de 2009 14:48

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
muito bom o topico

parabéns:)

RodBy Ter, 8 de Setembro de 2009 12:37

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
este tópico vai me ajudar na ecolha , foi mto bom poder le lo : )

obrigado joão. :):):)

inDyAno Qua, 9 de Setembro de 2009 02:14

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
devia ser joao PRATAO:D

boa contribuiçao !;)

Fernando Delca Ter, 29 de Dezembro de 2009 23:57

Re: PRATOS - Escolha e teste (cont.)
 
Caro João sou novo membro , mas tenho um pouco mais de iade que tu, vejo quanto percebes de pratos, certamente que não temos o mesmo timbre e a mesma preferencia de marca, mas qero-te felicitar quanto o contributo que estás a dar ao pessoal mais novo, por tal facto fico muito grato por tudo quanto sabes e também como transmites e fazes passar a mensagem.

Um Abraço
Fernando Delca
Citação:

Mensagem Original de João Timbalão (Mensagem 10)
Mesmo depois de reconhecido e escolhido, pode levar algum tempo a usufruir e gozar totalmente o prato, a aprender a tirar o melhor partido das suas características e a moldar a nossa acção física e musical à melhor resposta sonora e estilística do instrumento.

Pappa Joe Jones tinha um prato seu que já tinha oferecido 5 vezes a 5 bateristas diferentes dizendo a cada um: "Vou-te deixar ficar com ele por um mês. Aprendes a tocá-lo - é teu."...

Quanto a compras de segunda mão em que o processo de eliminação não é aplicável mas sim um reconhecimento mais ou menos imediato de características sonoras que nos agradam no prato, uma vez mais desaconselhando fortemente a compra por catálogo ou mera referência de marca, modelo e tamanho, deve-se ter em conta uma apreciação muito mais pormenorizada do aspecto do prato. Procurar marcas e falhas no bordo do prato que podem levar a abrir rachas.

Procurar rachas quase imperceptíveis no buraco do centro, na aresta exterior, na base da cúpula e em toda a superfície em geral. Tocar o prato suave e repetidamente com um bilro pode fazer sobresaír as vibrações típicas das rachas que não se conseguem ver. É preciso levar o ouvido bem perto do prato para uma melhor apreciação.

Pratos rachados são de evitar. Mesmo que a característica sonora seja interessante, não vai ficar por aí e rápidamente passará de interessante a desagradável e finalmente a inaudível.

Manter o procedimento de relação com o resto do set de pratos que se tem ao escolher pratos novos na loja.
Há situações na minha vida profissional em que não preciso ou não posso levar bateria nem pedais nem mesmo uma tarola, seja para um ensaio, para um concerto ou para uma gravação mas as minhas baquetas e os meus pratos são coisas das quais eu não me separo nem prescindo seja em que ocasião fôr.

Ecolher pratos é uma “ciência” das mais inexactas e pessoais que há mas as ideias acima expostas e que compilei a partir do livro The Cymbal Book de Hugo Pinksterboer e de experiência pessoal apenas tentam ser uma ajuda para futuras incursões a lojas de baterias à procura do metal mais precioso que há para os bateristas: o bronze musical.n


Bernardo Qui, 31 de Dezembro de 2009 18:58

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
E que será feito deste user ? Já não aparece por estas bandas desde 2008 .. E estamos a entrar em 2010 :icon_razz: Realmente foi uma "perda" para este forum , homem bem sabedor :icon_smile: Pode ser que ainda se lembre do bpt e cá entre!

ABRAÇOS! BOM ANO!

Alex RSantos Ter, 8 de Junho de 2010 10:30

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
Boas

Antes de mais elogio o resumo sobre as características dos pratos. É excelente para quem se inicia nestas andanças treinar ouvido, isto é, saber o que procurar ou entender o que tem lá em casa. Também acho importantes a sala, os suportes e as baquetas na avaliação dos pratos. Muito bom artigo.
Sem querer entrar em polémicas, e no sentido de ajudar quem está a iniciar, queria mostrar outro lado da questão da escolha dos pratos. Uma perspectiva segundo dois vectores fundamentais:

1. Para que é que eles servem - os pratos perante o resultado final, que é a música.

2. A música é também uma actividade económica. O instrumentista tenta convencer o público a ouvir (e pagar) a sua música, enquanto é convencido pelas casas a comprar instrumentos. As construtoras de instrumentos não ganham dinheiro com os virtuosos - ganham-nos com as imensas legiões de medíocres que estão constantemente à espera de novas soluções que aparentem esconder a sua mediocridade por detrás do material. Escolhem objectos de culto e não instrumentos de trabalho, como se a posse dum prato igual ao do Potnoi, fosse trazer um bocadinho do virtuosismo do Potnoi... E por isso compram e continuam a comprar sem conseguir nunca um resultado final satisfatório.

Voltando aos pratos:
Os pratos não servem só para fazer música: os pratos na sua dimensão, cor e disposição compõem um conjunto estético que é a bateria, que por sua vez é um elemento decorativo fundamental no palco. Desde o mais escuro bronze, ao branco, preto e metalizado, tem havido pratos em imensos tons que, em conjugação com a cor e o tamanho do set, decoram o palco e predispõem o público para aceitar determinado tipo de música. Portanto, os pratos também são uma moda, que importa aderir ou rejeitar segundo as nossas conveniências.

Todas essas cores e formas serviram para produzir sons que ainda hoje se ouvem. É possível fazer a vossa música de imensas maneiras... Portanto, quando vamos comprar pratos, queremos um conjunto que impressione o público, e que também nos impressione a nós - a auto-sugestão é meio caminho andado para o sucesso.

Ir a uma loja escolher pratos é, normalmente, um ritual um bocado estúpido: Primeiro, vamos influenciados pelas escolhas deste ou daquele artista. Depois somos restritos ao material existente na loja (e à nossa carteira). Estamos num espaço aberto, cheio de ruídos, com reverberações em frequências esquisitas, e dão-nos um suporte qualquer. Tentamos fazer um ar entendido, enquanto o vendedor tenta fazer um ar complacente, e de lá saímos com mais um disco de metal e menos dinheiro na carteira.

Verdadeiramente descobrimos o prato em duas fazes: quando o começamos a tocar na sala de ensaios, e quando ouvimos a primeira gravação feita com ele. Os resultados nem sempre são bons.

Portando, se precisamos de um prato, ou conjunto de pratos para uma gravação (e não temos estúdio que os alugue, que para mim é muitas vezes a melhor opção), devemos fazer aquilo que normalmente ninguém recomenda: ir à net e ouvi-los, em sample. A riqueza tímbrica do prato perde-se, mas é isso mesmo que pretendemos (a menos que toquemos jazz ou solos sem acompanhamento).

Para uma gravação (falo de hard-rock e heavy-metal, em especial) pretende-se antes de mais saber o volume que o prato atinge. Como normalmente é alto, o nosso ouvido não o consegue avaliar correctamente - "fecha-se" a volumes altos, como um compressor. Queremos um set que ao ser gravado, não dê muito trabalho ao técnico de som (que normalmente, por virtude do nosso orçamento é mau). Se eles forem equilibrados no volume, a gravação vai sempre sair muito melhor do que com muitos pratos escolhidos a dedo, mas com projecções e volumes muito diferentes.
Rides e choques fechados, devem ter mais ou menos o mesmo volume, quando tocados de forma "standard".

Falando ainda em volume, ele vai decair a uma velocidade inversamente proporcional ao tamanho e à espessura (em princípio, mas nem sempre). Mais do que escolher timbres (que vão ser abafados pelos outros instrumentos), interessa-nos escolher sons em função da "duração". Abaixo dum certo volume, os outros instrumentos abafam. Acima, não os deixam ouvir. A "duração" é fracção de segundo em que o prato ocupa uma gama de frequências num volume superior aos outros instrumentos. Ele continuará depois a soar, mas vai deixar de se ouvir. Queremos sons que "durem" o tempo necessário para notarmos a sua presença, mas sem retirar o lugar dos outros. Imaginem um set em que, para ouvir o splash, temos de subir tanto o ganho dos overheads, que quando tocamos o crash, deixa de se ouvir a banda...

Aqui está a ajuda que nos dão as marcas e as séries. Elas são feitas para nos ajudarem neste ponto (e também no timbre, mas já lá vamos).

Acabei de dizer que nos interessava ouvir um prato desprovido da sua riqueza no timbre: é verdade, porque ela perde-se em grande parte na mistura, e na falta de qualidade das aparelhagens comuns. Mas também é verdade que quando há grandes desarmonias se torna muito irritante. O timbre está quase sempre contra nós - não o ouvimos quando achávamos que é espectacular e ouvimo-lo constantemente quando é mau. Daí a importância de jogar pelo seguro.

Quando um xico-esperto passa horas numa loja de música a incomodar os empregados e a desarrumar a loja toda em busca do prato perfeito, normalmente está a ser apenas isso - xico-esperto. O seu momento de glória é a compra do prato - não a performance musical.

Tanto os kits de iniciação como os endorsments acabam por ser selecções de pratos dentro duma só marca e com uma certa coerência. (Entre o iniciado e o patrocinado é que situa o xico-esperto escolhedor). Vocês não são o Terry Bozzio! Não vão conseguir construir, nem gravar decentemente, baterias tonais. O que querem é sets práticos e versáteis, que sejam fáceis de micar e de gravar, que vos permitam um resultado final que, sem ser brilhante ou avassalador, seja suficientemente credível para arranjar um patrocínio.
Pragmatismo acima de tudo. Escolham uma série em função do tipo de música que tocam (ex., dentro da zildjian - z para rock/heavy, a para pop, e k para pop /jazz) e mantenham-se nela. Façam uma ou outra escolha fora, se vos apetecer, mas não fujam muito. E apeguem-se aos tamanhos standard.

(Embora use Zildjian, não recomendo, por princípio - os Sabian normalmente são mais "secos", menos melódicos, e por isso mais fáceis de tocar e de gravar. Quanto às outras marcas, sei que os há bons (ex. Istambul) mas não os conheço suficientemente bem. Mas no fundo qualquer marca dá - desde que se sigam as directrizes essenciais.)

Não temos de dar a entender que somos mestres nas escolhas de pratos quando, ou não somos, ou não temos condições para isso, ou nem sequer vale a pena!

Resumindo:

Os pratos têm de ser bonitos.
Os pratos têm de ser equilibrados e coerentes - graváveis e audíveis: estarem lá mas não chatearem...

Não entrem em labirintos devoradores de carteiras.

Boas escolhas!

Miguel Martinho Ter, 8 de Junho de 2010 12:47

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
Grande texto do Alex!
Contém pontos de vista discutíveis na sua essência, mas no geral e como balanço final acho que ele tem razão em quase tudo, principalmente em termos de atitute e de postura em relação ao material, neste caso em relação aos pratos e a sua utilização prática.

Em relação às gravações e captações de pratos, concordo plenamente, p.ex., eu não gosto de ouvir os Zildjian Z ao vivo, mas em gravação resultam excelentemente bem e são muito versáteis na mesa de mistura.

andreareias Sáb, 3 de Julho de 2010 18:03

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
parabéns pelo topico, ta perfeito!!

boa cena!! :)

abr

exotunder Seg, 9 de Agosto de 2010 01:10

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
E mesmo um bom post

FredFerreira01 Sex, 13 de Agosto de 2010 14:08

Re: PRATOS – Dicas para uma correcta Escolha e Teste
 
Olá .
Eu vario na escolha dos meus pratos , em todas as gravações utilizo pratos Zildjian Constantinople , tenho vários modelos e são dos melhores pratos com que já toquei até hoje , apesar de serem um pouco frageis , mas são muito versateis.
Ao vivo , utilizo pratos mais resistentes como os Zldjian K custom , são um pouco mais duros mas muito resistentes e sempre com muito bom som.


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