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-   -   [Entrevista] Neil Peart (http://www.bateristaspt.com/forum/showthread.php?t=3462)

Baronesa Seg, 11 de Junho de 2007 23:13

[Entrevista] Neil Peart
 
Neil Peart Gosta do seu chapéu de folhas de Maple de Toronto, entre outros.




O Neil Peart tem andado ocupado.
Desde que voltou à boa forma em 2005, o baterista de 54 anos do mega-trio Canadiano Rush tem andado ocupado com uma série de projectos pessoais e profissionais: dois albums de studio, com as subsequentes tournés, DVD’s, um website, e a escrever três livros, incluíndo o seu último trabalho, Roadshow: Landscape With Drums. Ao telefone de um studio em Toronto recording studio onde ele e os seus companheiros de banda Geddy Lee e Alex Lifeson estão a trabalhar no seu 18º album de originais, Peart explica as suas motivações para fazer crónicas das suas viagens de mota durante a tourné de 2004, que celebrou o 30º aniversário da banda. "Este livro tem abordagens a vários níveis," diz. "Por um lado, foi o culminar lógico de tantos desejos de tentar explicar o que é realmente ser um músico em tourney e os diferentes tipo de conflitos pessoais e artísticos que existem para tentar sobreviver e tentar fazer na vida um trabalho criativamente satisfatório.
"Ao mesmo tempo, é um diário de viagem de momentos, porque eu tenho a paixão de comunicar o que vejo e quem conheço quando ando por aí com a minha mota." Como baterista de sempre e letrista da sua banda, Peart não é um novato a usar as mudanças. "É como fazer malabarismos com chapéus," diz ele. "Quando estou a escrever as letras uso sempre um chapéu de cowboy, porque acho que ninguém se pode levar a sério quando usa um chapéu de cowboy. "E depois vou trabalhar as partes de bateria, e uso o meu pequeno chapéu Africano. E quando escrevo prosa, uso o meu capacete de mota da BMW ou um Chapéu de Folhas de maple de Toronto."
Superstições àparte, Peart por ser perdoado por essa indulgência.
"Ha! Para ser honesto, não sou mesmo um grande fã de hockey... o facto é que gosto mesmo do chapéu," admite. "No entanto, acredito que existe um ajustamento fisico e psicológico que acontece quando mudo de chapéus, porque cada um tem os seus atributos. Por sorter, eu gosto dos meus chapéus todos. "Para o Roadshow, Peart trocou o seu toque musical pelo bone de escritor, pois fez a transição da poesia para a literatura. "Como descrevo no fim do livro, depois do último concerto na Europa, eu larguei literalmente e figurativamente as minhas baquetes e saí do palco para o mundo da prosa, o que é completamente uma nova postura para mim.
"Aprendi que há uma barreira ténue entre a arte e o ofício de escrever. Uma é uma tarefa extrictamente criativa, enquanto a outra tenta capturar abertamente e comunicar uma experiência. Assim, como o bom jornalismo, escrever prosa é uma tarefa libertadora, que tenta graver e fazer durar essas experiências numa tela muito maior. O desafio de escrever letras de músicas é o de tentar condensar grandes temas e ideias num espaço mais pequeno.
"Com o Roadshow, a frase chave, como sempre foi, surgiu como quando um pequeno autor exercita o que lhe vai pela mente. Como posso por isto em palavras? Qual é a melhor maneira de eu capturar este sentimento, este ponto de vista, ou esta experiência?
"Eu trabalhei muito na apresentação de uma estrutura, e especialmente na maneira de gerir o tempo, porque eu queria apresentar uma narrativa fluída das minhas viagens do dia a dia. Ao mesmo tempo, eu tinha uma data de histórias para contra, por isso houve uma tentative real de conciliar esses dois elementos. Por isso, estou muito satisfeito com o livro, no sentido de que acho que fui capaz de narrar as minhas observações daquele período de tempo de uma maneira exacta e eficaz, deixando ainda espaço para questões de opiniões pessoais.
Tendo suspenso as lides literárias por enquanto, Peart dedicou-se de novo à música. "Acabei de escrever todas as letras para o novo album, que sai no próximo ano, por isso estou de volta ao chapéu de tocar bateria e estou a tentar desafiar-me para experimentar novos set-ups e sons. E claro, a linguagem do ritmo requere um tipo de chapéu completamente diferente."
—Stephen Clare



http://www.chartattack.com/damn/2006/11/1019.cfm

nunomiguel Ter, 12 de Junho de 2007 00:39

lool, gostei da historia dos chapeus
fizeste ai um bom trabalho na traduçao, parabens

Baronesa Ter, 12 de Junho de 2007 13:49

Obrigada! ;)

Jorge Cardoso Ter, 12 de Junho de 2007 23:28

Mais uma vez parabéns pela tua dedicação a este Fórum. Além de gostar muito de Rush e do Neil Peart, também me interesso por aquilo que ele escreve. Comecei a tomar consciência do que ele vale como escritor, a patir do primeiro tema que ouvi dos Rush, Subdivisons e fiquei a saber que é ele que escreve as letras das canções dos Rush.
Obrigado Minizephyr:cheer3:

LEONEL RODRIGUES Seg, 14 de Junho de 2010 03:17

Re: Entrevista de Neil Peart
 
Boas
Mais um excelente trabalho da Baronesa!!!!!!!!
Abraço e aos Twins também!!!

Miguel Martinho Dom, 15 de Agosto de 2010 23:05

Re: Entrevista de Neil Peart
 
Depois de ver o filme "Rush: Beyond The Lighted Stage" só tenho uma coisa a dizer:
O Neil Peart é um SENHOR!

Fiquei a saber também que não é propriamente uma pessoa sociável e faz de tudo para não ser reconhecido na rua, portanto, se por acaso me cruzar com ele na rua não irei dizer-lhe nada... mesmo que conseguisse fazê-lo porque o mais certo era ficar congelado. :))


Explicou afinal porque é que foi reaprender a tocar com o Freddie Gruber. Não foi para aprender a tocar jazz ou seja lá o que for, aliás, segundo eles (aparecem os dois no filme), eles raramente tocaram durante as "aulas".
O Neil apercebeu-se que estava a ficar demasiado preso ao tempo/metrónomo e não estava a fluir. Então, resolveu ir aprender a "dançar" com as baquetas e recuperar o que tinha perdido.
Assim de repente não me lembro de nenhum baterista que seja considerado como o melhor a ter a humildade e capacidade auto-critica que o faça ir aprender algo mais ou melhorar algumas lacunas.


Ele diz também uma coisa engraçada que só vem reforçar o que penso da música Tom Sawyer no que toca à linha da bateria. Ele diz que nunca se vai cansar da música porque é um desafio cada vez que a toca porque raramente lhe sai bem. Quando sai bem diz que sente um enorme prazer.
Ora, se o autor da linha de bateria acha o tema complicado de executar como deve de ser, como é que eu alguma vez hei-de conseguir tocar a música?! :animal::))

Aparece também o Portnoy a falar, o Danny Carey, o Dave Grohl, o Vinnie Paul e acho que mais outro baterista que me está a escapar e as opiniões são unânimes, não há outro como o Neil Peart.


Be, resumindo e baralhando, Quem puder ver o filme "Rush: Beyond The Lighted Stage" que veja porque vale a pena, não só pelo Neil Peart, mas por todo o filme em si e pela banda.

rosetta Seg, 16 de Agosto de 2010 16:12

Re: Entrevista de Neil Peart
 
Grande grande este gajo!

Jorge Cardoso Ter, 17 de Agosto de 2010 00:23

Re: Entrevista de Neil Peart
 
Citação:

Mensagem Original de Miguel Martinho (Mensagem 179872)
Depois de ver o filme "Rush: Beyond The Lighted Stage" só tenho uma coisa a dizer:
O Neil Peart é um SENHOR!

Fiquei a saber também que não é propriamente uma pessoa sociável e faz de tudo para não ser reconhecido na rua, portanto, se por acaso me cruzar com ele na rua não irei dizer-lhe nada... mesmo que conseguisse fazê-lo porque o mais certo era ficar congelado. :))


Explicou afinal porque é que foi reaprender a tocar com o Freddie Gruber. Não foi para aprender a tocar jazz ou seja lá o que for, aliás, segundo eles (aparecem os dois no filme), eles raramente tocaram durante as "aulas".
O Neil apercebeu-se que estava a ficar demasiado preso ao tempo/metrónomo e não estava a fluir. Então, resolveu ir aprender a "dançar" com as baquetas e recuperar o que tinha perdido.
Assim de repente não me lembro de nenhum baterista que seja considerado como o melhor a ter a humildade e capacidade auto-critica que o faça ir aprender algo mais ou melhorar algumas lacunas.


Ele diz também uma coisa engraçada que só vem reforçar o que penso da música Tom Sawyer no que toca à linha da bateria. Ele diz que nunca se vai cansar da música porque é um desafio cada vez que a toca porque raramente lhe sai bem. Quando sai bem diz que sente um enorme prazer.
Ora, se o autor da linha de bateria acha o tema complicado de executar como deve de ser, como é que eu alguma vez hei-de conseguir tocar a música?! :animal::))

Aparece também o Portnoy a falar, o Danny Carey, o Dave Grohl, o Vinnie Paul e acho que mais outro baterista que me está a escapar e as opiniões são unânimes, não há outro como o Neil Peart.


Be, resumindo e baralhando, Quem puder ver o filme "Rush: Beyond The Lighted Stage" que veja porque vale a pena, não só pelo Neil Peart, mas por todo o filme em si e pela banda.

Quero ver se vejo o filme! :)


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