[Nelson Carreira]

No início do ano, encontrei numa loja de instrumentos de Buenos Aires uma DW, que tinha escrito nas placas "Made in Mexico". Basicamente, nalguns mercados ele continuaram a vender DW's mexicanas, que noutros países simplesmente vendiam-nas como Pacific.

É tudo uma questão de marketing, e acaba por ser para eles um pau de 2 bicos:
- Se vendem a 2ª linha como Pacific, e a 1ª como DW, criam para a DW uma exclusividade que lhes permite vender mais nesse segmento, e era a política que eles tinham até agora.

-Se vendem a 2ª linha também como DW, perdem parte dessa exclusividade, mas servem-se da marca DW para vender baterias de gama mais baixa, mesmo que estas não tenham nada daquilo que tornou a DW famosa. Vejam por exemplo quantos miúdos compram Pearl Forums só porque o Joey Jordison também usa Pearl, ainda que numa gama completamente diferente, num produto que está a anos luz do que eles acabaram de comprar?

E como a venda de baterias de gama baixa representa uma escala muito maior que a venda de gamas altas, acabam por ganhar e crescer bem mais com essa política.

Afinal de contas, se a Pearl, a Tama ou a Yamaha apenas viesse estampado em baterias topo de gama, essas marcas teriam o mesmo glamour que a DW. Como estão em todas as gamas, perdem exclusividade mas ganham imenso no nível de vendas, a prová-lo está o facto de serem as marcas mais vendidas pelo mundo fora.

Mas isso pouco importa, porque uma Century com o logo da DW continuará a ser uma Century... Apenas vejo real vantagem em pormenores como os que o Afonzo referiu... uns lugs mais bonitos e pouco mais...

Abs