Acentuações por defeito

[LEONEL RODRIGUES]

Boas pessoal
Quantos de nós por defeito e/ou sem apercebermo-nos, não atacamos as peças com a mesma força.
Ex:
HH e Bombo + alto que a tarola
Tarola + alto que bombo e HH
HH + alto que......etc.
E isto sucede por incrivel que pareça ao pessoal que habitualmente toca muito em sistemas ( PA ), grandes e com boa monição de palco. Os técnicos de fora corrigem os volumes individuais e os de palco a mesma coisa. E nós por cansaço ou outra coisa qualquer. e porque o som nos apareçe nos ouvidos "direitinho", enganámo-nos a nós mesmos. Quando por vezes, tocamos sem qualquer amplificação é que dá-mos fé que estámos a bater mais nuns lados do que nos outros. A amplificação/monição tem esse perigo. Já o pessoal que toca quase que acusticamente, já tem mais a noção do volume no set.
Nunca vos aconteçeu?
Abraço pessoal

[João Almeida]

Boas
Isso é uma situação muito frequente quando começamos a dar os nossos primeiros concertos... Muita gente pensa que o check sound (penso que se escreve assim) apenas serve para que a nossa equipa de som nos faça os timbaloes soar melhor, mais abertos, mais secos, mais a estalar, por aí fora...
Mas na verdade a equipa preocupa-se em que o som que nos produzimos saia uniforme...eles identificam precisamente esses pequenos problemas e reduzem ou aumentam (conforme o necessario) as saídas de som de cada peça da bateria...
É por isso mesmo que o ideal é quando se começa por dar concertos em bares e afins...sem amplificação quase nenhuma somos obrigados a ajustar as nossas dinamicas e batidas de igual modo... Uma vez num concerto, já à uns anitos, um dos membros da equipa que nos estava a fazer o som disse que para ele não existia melhor baterista que o Dave Grohl, ex-baterista de Nirvana e actual vocalista e baterista de Foo Fighters, precisamente porque pelos vistos o Senhor tem uma sensibilidade fora do comum e todas as suas batidas são prefeitas e uniformes...
Mas realmente concordo contigo, tocar "acusticamente" é mais dificil que com amplificação, mas esta é so a minha opinião abraço!

[LEONEL RODRIGUES]

Mensagem Original de João Almeida

Boas
Isso é uma situação muito frequente quando começamos a dar os nossos primeiros concertos... Muita gente pensa que o check sound (penso que se escreve assim) apenas serve para que a nossa equipa de som nos faça os timbaloes soar melhor, mais abertos, mais secos, mais a estalar, por aí fora...
Mas na verdade a equipa preocupa-se em que o som que nos produzimos saia uniforme...eles identificam precisamente esses pequenos problemas e reduzem ou aumentam (conforme o necessario) as saídas de som de cada peça da bateria...
É por isso mesmo que o ideal é quando se começa por dar concertos em bares e afins...sem amplificação quase nenhuma somos obrigados a ajustar as nossas dinamicas e batidas de igual modo... Uma vez num concerto, já à uns anitos, um dos membros da equipa que nos estava a fazer o som disse que para ele não existia melhor baterista que o Dave Grohl, ex-baterista de Nirvana e actual vocalista e baterista de Foo Fighters, precisamente porque pelos vistos o Senhor tem uma sensibilidade fora do comum e todas as suas batidas são prefeitas e uniformes...
Mas realmente concordo contigo, tocar "acusticamente" é mais dificil que com amplificação, mas esta é so a minha opinião abraço!

Boas
Mas, eu refiro-me por habituação, e não por iniciação. Dás 1000 concertos, com 20.000 watts por lado, depois com headphones, a moniçaõ já está quase feita dos dias anteriores, e sem querer o pessoal começa a ganhar vício por sistema
Abraço

[João Almeida]

Mesmo assim volto a bater na mesma tecla, porque se nesses 1000 concertos a pessoa foi habituada a corrigir os seus erros de acentuação atraves da mesa, então é obvio que vai ganhar vicios dificies de corrigir...

Ás vezes à que dedicar tempo a ouvir o que tocamos...para mim, só começamos realmente a "conhecer" a bateria e todos os seus integrantes se tocarmos para nós, muitas vezes, mais a rasgar ou mais baixinho, numa acustica sem munições...

Mas isto é o meu metodo, gosto de perceber que som me dão "aquelas" peles, gosto de perceber com soa esta ou aquela madeira, ou como abre determinado prato... e acho que isto não é "natural" em baterias amplificadas e retocadas electronicamente...

E atençao que não sou contra nada disso, a amplificação e a masterização é de uma importancia extrema, mas para determinados efeitos

abraço

[Lu Batera]

Acho essa temática bastante interessante. Pessoalmente, toco mais em contexto acústico, e dou especial importância à dinâmica, pelo que é essencial considerar os volumes que saco em cada uma das peças. Por esse motivo, afino todas as peças para permitir respostas variadas consoante a intensidade.

Um bom método para analisar é gravar-nos duma posição frontal, para verificarmos se o problema de diferenças não desejadas no equilíbrio sonoro que pretendemos provém da nossa técnica ou se é uma questão de afinação, de dimensões das peças e/ou de montagem da bateria.

Outra coisa a realçar, por exemplo, será a nível de produção. Tenho um disco chamado "Tabla Tarang: Melody on Drums" de Pandit Kamalesh Maitra, em que o produtor, Walter Quintus, recorre a uma técnica interessante, que é incluir na mistura a gravação do ponto de vista do músico, ou seja, aquilo que o músico ouve e não apenas o que ouve quem está diante do músico. Julgo que é uma abordagem interessante aquando de gravações em estúdio e que espero vir a ter oportunidade de a utilizar.