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Não lido Qua, 23 de Janeiro de 2008   #1
Superdgs
 
Membro desde: 16-Abr-2006
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[Entrevista] Rolando Barros

ROLANDO BARROS (Sacred Sin, Nephtys, Neoplasmah, Grog, Filii Nigrantium Infernalium, The Firstborn, ex-Celtic Dance)
"TENHO A MESMA BATERIA HÁ 13 ANOS"


É um dos bateristas portugueses mais requisitados na área do Metal extremo. A sua reputação, construída a pulso em memoráveis prestações ao vivo e numerosos discos, garantiu-lhe o respeito da comunidade metálica nacional. Ainda assim, Rolando Barros não poderia revelar-se mais modesto. O METAL INCANDESCENTE falou com este workaholic assumido.

Faz-nos uma breve retrospectiva do teu início de carreira. Que bandas ou músicos te fizeram querer ser baterista?
O meu interesse pela bateria manifestou-se por volta dos 13 anos, mas só pude adquirir um kit quando vim morar para a margem sul do Tejo, em 1994. Sempre fui um puto eléctrico e cheio de pica, de modo que esta foi uma maneira de canalizar toda essa energia para algo útil. Vim parar ao Metal pelas razões óbvias: é o estilo de música mais intenso que existe, especialmente no que toca à bateria.

As primeiras bandas de Metal que ouvi foram os Iron Maiden, Annihilator, Unleashed, entre outras, mas foi o Nick Barker [NR: Brujeria, Lock Up, ex- Cradle of Filth, ex-Dimmu Borgir, etc.], o Gene Hoglan [NR: Strapping Young Lad, Devin Townsend, Tenet, Ex-Dark Angel, ex-Death, ex-Testament, ex-Naphobia, ex-Old Man’s Child, etc.], o Hellhammer [NR: Mayhem, Dimmu Borgir] e o Richard Chrystie [NR: ex-Acheron, ex-Burning Inside, ex-Death, ex-Control Denied, ex-Iced Earth, ex-Incantation] que me serviram de exemplo durante muito tempo.

Tiveste aulas de música ou és um autodidacta?
Nunca tive aulas de música. Aprendi sozinho tudo o que sei, daí talvez as minhas limitações… Sempre toquei com músicos exigentes e criativos que puxam por mim e me propõem fazer coisas que poderão parecer-me impossíveis à primeira audição, mas com muita insistência e ensaios constantes tudo se faz.

De que forma evoluíste ao longo dos anos? És o tipo de músico que no período de adaptação ao instrumento passou muito tempo a acompanhar os discos dos seus grupos favoritos e a praticar exercícios ou enveredaste por outra estratégia?
Acho que ainda estou a adaptar-me, pois continuo a experimentar coisas novas (posicionamento dos pratos, afinação dos pedais, etc.). Por exemplo, vejo um set-up que me atrai e experimento-o, mas por vezes é complicado reproduzi-lo, já que não possuo o material que gostaria. Deves estar ciente dos preços dos instrumentos em Portugal...

Como é composto o teu kit, tanto em estúdio como ao vivo?
Não sou patrocinado, portanto não irei mencionar marcas. Possuo uma rack home-made em ferro, um bombo de 20" x 16", quatro timbalões de 8", 10", 12" e 14") e tarola de 14" x 5". Uso pratos de choque de 14", três crash (dois de 16" e um de 18"), dois splash (um de 10" e outro de 12"), três pratos chineses (de 12", 14" e 16") e ainda três bells feitos em casa. Ao vivo, quando o técnico de som não me inspira confiança, o PA tem pouca potência ou não há bons microfones para a bateria uso um módulo electrónico e triggers para assegurar o equilíbrio do som, pois sou eu quem controla a mistura.

Porquê essas opções?
Este é o material que possuo, não tenho dinheiro para comprar o que ambiciono. Tenho a mesma bateria há 11 anos, é o meu primeiro e único kit.

As tuas raízes estão bem assentes no Metal ou, enquanto músico, estás aberto a outras sonoridades?
Ouço um pouco de tudo. Obviamente, gosto mesmo é de Metal, mas também ouço Funk, Jazz, Música Clássica e Pop dos anos 80. Gosto de tudo menos de Rap, Hip-Hop e todos esses pseudoestilos de pseudo-"música".

Em média, quantas horas ensaias por semana?
Duas horas diárias, três a seis vezes por semana. Depende do que há para fazer.

Habitualmente praticas exercícios?
Como disse nunca tive aulas de bateria, evoluo à medida que descubro determinadas técnicas. A última que aprendi foi o hyper blast, como usam os Origin, por exemplo. É até bastante simples quando se apanha o jeito. De resto, pratico técnicas que me permitam desenvolver a rapidez. Sou preguiçoso, praticamente só toco para ensaiar, é raro treinar sozinho.

A que técnicas te referes?
Gosto de complicar tempos e marcações. Por acaso, tenho tido oportunidade de explorar essa faceta "experimentalista" com os temas do próximo álbum dos Nephtys.

Disseste que raras vezes tocas só, mas fala-nos do teu esquema individual de trabalho em ambiente de ensaio.
Sempre tive o péssimo hábito de não aquecer antes dos ensaios – e por vezes até antes dos concertos –, mas é algo que me tenho esforçado por fazer nos tempos mais recentes, já que, obviamente, consigo melhores prestações quando faço um bom aquecimento. No que toca ao esquema de trabalho, gosto de ensaiar um tema de cada vez, isto é, só passo para a música seguinte quando a actual estiver a 100%. Tem que haver uma automatização nos movimentos para que tudo saia de forma natural, não "pensada".

Participando tu um numerosos projectos de que forma geres a tua agenda de gravações e concertos?
É até bastante simples. No que diz respeito a concertos tem prioridade a banda que reservar primeiro certa data. Por vezes, marco mais do que uma banda para o mesmo espectáculo (poupo gasóleo, viagens e bebo a dobrar [risos]). As gravações também não são complicadas, já que só vou para estúdio quando estou plenamente confiante. Por isso, não demoro mais do que dois dias a gravar um álbum.

De todas as bandas em que tocas qual é aquela que sentes exigir mais de ti a nível técnico e de resistência?
Como sabes não toco em duas bandas do mesmo género, portanto não é fácil distinguir, já que cada uma tem as suas especificidades. Todas são desafios à resistência, com excepção dos Filii Nigrantium Infernalium, que não exigem tanto do físico. A nível técnico diria que são os The Firstborn do último álbum e os Nephtys, que desde o primeiro disco sofreram uma grande evolução ao nível da composição.

O que podemos esperar de ti em 2006 quanto a lançamentos?
O segundo álbum dos Nephtys já está na forja e deverá ficar pronto este ano. Vou gravar ainda o novo dos Grog, que já está concluído há imenso tempo; mas os trabalhos para o segundo álbum dos Neoplasmah dependem de arranjarmos um vocalista e um baixista à altura das exigências técnicas. O próximo disco dos The Firstborn também está a ser preparado, contamos gravá-lo e editá-lo até ao final do ano. De resto, pode ser que surja algum convite por parte de alguma banda interessante para gravar como músico convidado.


@Metal Incandescente
Superdgs não está cá agora...   Citar esta Mensagem
Não lido Qua, 23 de Janeiro de 2008   #2
P.Alex
 
Membro desde: 13-Mar-2007
Local: Porto
Mensagens: 239
P.Alex está no bom caminho
Re: Entrevista a Rolando Barros!

Curti muito sim senhor! boa escolha! Eis um baterista que tambem aprecio muito!
P.Alex não está cá agora...   Citar esta Mensagem
Não lido Qua, 23 de Janeiro de 2008   #3
JP_
 
Membro desde: 10-Out-2007
Local: Lisboa
Mensagens: 2.622
JP_ é um glorioso foco de luzJP_ é um glorioso foco de luzJP_ é um glorioso foco de luzJP_ é um glorioso foco de luzJP_ é um glorioso foco de luzJP_ é um glorioso foco de luzJP_ é um glorioso foco de luzJP_ é um glorioso foco de luzJP_ é um glorioso foco de luz
Re: Entrevista a Rolando Barros!

Boa entrevista!
Esse Rolando Barros é o mesmo que está aqui registado no forum com esse mesmo nome? Até estava a vender uma carrada de pratos Istanbul..
__________________
www.myspace.com/joaolpereira


JP_ não está cá agora...   Citar esta Mensagem
Não lido Qua, 23 de Janeiro de 2008   #4
Superdgs
 
Membro desde: 16-Abr-2006
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Mensagens: 2.374
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Re: Entrevista a Rolando Barros!

é sim snhr!
Superdgs não está cá agora...   Citar esta Mensagem
Não lido Qua, 23 de Janeiro de 2008   #5
Aly
 
Membro desde: 16-Out-2007
Local: Ilha Terceira - Açores
Mensagens: 1.113
Aly é uma jóia em brutoAly é uma jóia em brutoAly é uma jóia em brutoAly é uma jóia em bruto
Re: Entrevista a Rolando Barros!

Ele não era teu vizinho ou lá o que era, super?
Aly não está cá agora...   Citar esta Mensagem
Não lido Qui, 24 de Janeiro de 2008   #6
Superdgs
 
Membro desde: 16-Abr-2006
Local: qta do conde
Mensagens: 2.374
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Re: Entrevista a Rolando Barros!

Citação:
Mensagem Original de Aly
Ele não era teu vizinho ou lá o que era, super?
sim ele mora perto de mim, quinta do conde city!! ja tive a tocar na bateria dele, digovos o som dos pratos é lindo e bateria tambem!! ele te 1 tecnica do ***h, é pena ele nao dar aulas se nao eu tinha aulas com ele : >
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