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Debates técnicos (Workshop, Clínica e Masterclasse "virtual") O local para debater aspectos técnicos sobre a bateria e percussão. Uma espécie de sala de aula conjunta online permanente! Rudimentos, Afinação, Exercícios, Postura, Prática, Truques, Esclarecimento de Dúvidas, Dicas e Partilha de Conhecimento! O verdadeiro Workshop Virtual!
ATENÇÃO: Não publiques divulgações/anúncios de concertos e/ou workshops nesta secção! Obrigado!


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Não lido Ter, 16 de Fevereiro de 2010   #1
Jorge Cardoso
 
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Jorge Cardoso é mesmo fixeJorge Cardoso é mesmo fixeJorge Cardoso é mesmo fixeJorge Cardoso é mesmo fixeJorge Cardoso é mesmo fixeJorge Cardoso é mesmo fixe
Bateria - Noções básicas IV e última parte

Ora finalmente, porque o tempo nunca me sobra, aqui fica o resto: abrAÇOs!

4.ª Parte
Fill Ins

Fill ins, são breves solos que habitualmente são incorrectamente denominados de breaks. São frases musicais breves que são inseridas entre os trechos musicais, pausas ou trechos nas melodias com o intuito de captar a atenção dos ouvintes. Habitualmente os fill ins são executados pelos bateristas com as baquetas nos timbalões. Deverás dominar e saber de cor o maior número possível de fills ins. O andamento de um fill in não deve “vacilar” e o baterista tem de “encontrar” o acompanhamento padrão assim que o concluir. Normalmente, os fill ins são executados em cada quatro compassos. Habitualmente, as músicas são compostas por sequências de compassos 4-8-12-16. A maior parte dos fill ins ligam dois ou mais padrões de compasso quaternário.

Voltemos agora à minha indicação anterior no respeitante aos fill ins que às vezes também são denominados breaks. Um break é algo diferente, é uma paragem, uma pausa no verdadeiro sentido da palavra.

Frequentemente as pausas entre os trechos de uma melodia são mais longas. Por isso encontramos frequentemente fill ins com a duração de duas semínimas.

A criatividade do baterista consiste na distribuição destes ritmos por todos os componentes da bateria. Isto parece muito interessante. Só para as nossas oito variantes base há mais de uma dúzia de possibilidades de distribuição. O processo de distribuição por todos os instrumentos da bateria chama-se orquestração ou instrumentação.

Pattern
A palavra pattern é de origem inglesa e tem muito significados. Pode significar “imagem, forma, modelo, estrutura”. Na música, patterns são modelos ou figuras rítmicas. Constituem o material base para quase todos os géneros de música, representando um tipo de “modelo base”, ou seja, um padrão que se adequa a muitas músicas.

Patterns Binários
A bateria é tocada regularmente com semínimas contínuas. A combinação da mão esquerda que golpeia a tarola e o bombo, produz inúmeros patterns interessantes. O hi-hat é executado em semínima.

Paradiddle
Um paradiddle é uma outra técnica de percussão em que as batidas são combinadas com toques duplos, que já conheces. As diversidades de combinação permitem produzir um grande número de patterns e de instrumentações interessantes.

Rufo e Tremolo
Um outro rudimento que é uma figura fundamental na execução da bateria é o chamado rufo. No rufo só são executadas batidas duplas alternadas, EE, DD, EE, DD, etc., ou DD, EE, DD, EE, DD, etc. Esta sequência de batidas pode ser executada em todos os andamentos, desde muito lento até muito rápido. O mais importante é começares primeiro devagar esta sequência de batidas e ir aumentando sem perder a uniformidade e precisão.

Daqui resulta:

Um novo valor de nota ainda mais rápido. Já conheces a semicolcheia. Agora vem a fusa. Uma semicolcheia pode ser subdividida em duas vezes 32 fracções e, consequentemente, uma semínima em oito vezes 32 fracções.

Tremolo
O próximo rudimento chama-se tremolo. Trata-se do andamento das batidas em que estas deixam de ser apercebidas como batidas isoladas. O mais importante – como sempre – é que as batidas têm de ser executadas de maneira uniforme.

Para ser possível executar este andamento rápido, só é realizada a primeira batida activa da mão (direita ou esquerda). Da mesma forma, a partir de uma batida tenta-se produzir o maior número possível de batidas. Para isso, aproveita-se o recuo da baqueta após a batida. O nível de batida vai diminuindo, no entanto o som destas batidas tem de ser contudo o mesmo.

Habitualmente Rufo e Tremolo são notados da mesma maneira e só se distinguem pela posição mãos, quando indicada. Contudo são perfeitamente distintos na sua tonalidade. O rufo tem um som mais fraco e aberto em relação ao tremolo que é mais enérgico e intenso.

O rufo e o tremolo são as técnicas soberanas de um baterista. Tal como já te apercebeste no exercício destes rudimentos não são fáceis e requerem uma prática e disciplina permanentes. Se o fizeres serás o rei da banda e do palco.


NOTAS FINAIS
O ser humano tem dois braços e duas pernas. Quando vemos um baterista no palco, poderemos pensar que ele tem mais de dois braços e duas pernas. Mas isto deve-se à aprendizagem que o profissional possui: como saber tocar bem a bateria. Teoricamente o baterista poderia bater simultaneamente em tudo o que tem à disposição. Contudo, na prática isso raramente faz sentido.

Mais difícil é, por exemplo, tocar o bombo regularmente com o pé ao longo de alguns compassos. Ou executar batidas uniformes e in time nos tambores e nos pratos. Para além do mais, os membros têm de estar coordenados, tal como quando aprendemos a andar. E, ainda por cima, tudo tem de soar com groove. Tudo isto implica às vezes trabalho duro ou, por outras palavras, significa que tocar bateria é um desporto de competição! É essencial praticar regularmente. Contudo, não exageres, especialmente no início, se não queres perder vontade e pretendes tocar bateria por muito tempo.

Tão importante como a prática constante é assistir a concertos, ouvir e tocar música, tocar com outros músicos, ver e ouvir outros bateristas, trocar experiências com eles e observar os melhores. Tira proveito de cada uma destas possibilidades!


FIM
__________________
"...água fura em dura mole, tanto dá até que pedra..."
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